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Quarta-feira, 13 de fevereiro, marca o Dia Mundial da Rádio [13/02/2019]



(Foto: ONU)

O secretário-geral das Nações Unidas afirmou que “a rádio é uma ferramenta poderosa” e que, mesmo no mundo digital de hoje, “chega a mais pessoas do que qualquer outra plataforma de media.”

António Guterres fez estas afirmações em mensagem gravada para o Dia Mundial da Rádio, marcado esta quarta-feira, 13 de fevereiro. O tema deste ano é “Diálogo, Tolerância e Paz”.

Importância

O chefe da ONU explicou que este meio “transmite informação vital e chama a atenção para temas importantes.”

Para ele, a rádio “é uma plataforma pessoal e interativa na qual as pessoas podem transmitir os seus pontos de vista, as suas preocupações e as suas queixas.” Guterres acredita que “a rádio pode criar uma comunidade.”

O secretário-geral destaca o papel que este meio de comunicação tem para as Nações Unidas, dizendo que, “especialmente nas nossas operações de paz, a rádio é uma forma vital de informar, reunir e capacitar as pessoas afetadas pela guerra.”

O chefe da ONU termina a mensagem com um apelo, pedindo que neste dia se reconheça “o poder da rádio para promover o diálogo, a tolerância e a paz.”

Apoio

Em nota, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura, Unesco, Audrey Azoulay, disse que esta data serve para celebrar “o poder único e de grande alcance do rádio para ampliar horizontes e construir sociedades mais harmoniosas.”

A responsável lembra a invenção deste meio, há mais de 100 anos, e afirma que “até hoje, o diálogo entre as ondas de rádio pode oferecer um antídoto para a negatividade que às vezes parece predominar na internet.”

Segundo Azoulay, é por isso que a Unesco trabalha em todo o mundo para melhorar a pluralidade e a diversidade das estações de rádio.

Terreno

As mulheres rurais, por exemplo, são um dos grupos menos representados nos media. Para combater este problema, a Unesco apoia estações de rádio na África Subsaariana para que estas mulheres participem de debates públicos, incluindo sobre temas muitas vezes esquecidos, como casamento forçado e educação de meninas.

Em antigas zonas de conflito, a rádio também pode ajudar dissipar o medo e apresentar os inimigos de uma forma mais humana. Azoulay dá o exemplo do noroeste da Colômbia, onde rádios comunitárias apoiadas pela Unesco “estão curando antigas feridas, destacando as boas ações dos combatentes desmobilizados.”

A diretora-geral também destaca a importância da diversidade linguística, dizendo que tem um significado especial no ano em que se celebra o Ano Internacional das Línguas Indígenas.

Azoulay afirma que em todo o mundo, desde estações de rádio para moradores de cabanas no Quênia, até minorias na Mongólia ou comunidades indígenas no México, a inclusão de diversas populações torna as sociedades mais resilientes, mais abertas e mais pacíficas.

Para a chefe da Unesco, “os desafios que o mundo enfrenta, sejam a mudança climática, o conflito ou o aumento da divisão, dependem cada vez mais da capacidade de comunicar e encontrar soluções comuns.”

Celebrações

Durante o dia, a Unesco mostrará como a rádio pode ajudar os ouvintes a entender os eventos da atualidade e contribuir para causas de interesse geral, como o direito à educação e à saúde, a igualdade de género e a integração de migrantes.

A agência está pedindo a emissoras de rádio de todo o mundo que participem da comemoração, promovendo debates, dando lugar a públicos sem voz, convidando os ouvintes a falar das suas experiências e organizando ações que promovam um espírito de tolerância e paz.

No dia 13 de fevereiro, a Radio France International, a Rádio Montecarlo Doualiya e a Rádio Unesco serão transmitidas ao vivo, em inglês, francês e espanhol, a partir da sede da Unesco em Paris.

Também durante o dia, serão transmitidos workshops sobre escrita para rádio, podcasts e outros temas, demonstrando que a rádio traz liberdade de expressão para todos.

ONU News