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Sites internacionais oferecem compra e venda de leite materno [29/10/2012]



Sites internacionais oferecem compra e venda de leite materno

Prática não é recomendada pelos organismos de saúde. O principal alerta está relacionado ao perigo de transmissão de doenças infecciosas, como HIV e hepatite C. Leia mais.

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Algumas mães de países estrangeiros têm utilizado um método pouco convencional para ganhar dinheiro. Elas utilizam sites e redes de relacionamento virtual para vender leite materno a outras mães que não conseguem amamentar os filhos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o site onlythebreast.com garante que seu sistema de classificação discreto permite a compra e venda de leite materno de forma “limpa e privada”. Outro exemplo é o Eats on Feets , com atuação no Facebook e alcance em países como EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Na Internet, Glenn Snow - cofundador do onlythebreast.com, explica que a ideia de criar o site surgiu depois que sua mulher Chelly se interessou em vender o leite a mais para ganhar um dinheiro extra no fim do mês e notou que outras mães também estavam à procura da mesma coisa, mas não encontravam opções online. Segundo Snow, também era grande o número de mulheres que não conseguiam achar leite materno em hospitais ou bancos de leite.

"Chelly me pediu para construir um site dedicado às mães que querem compartilhar seu leite com bebês que precisam", diz Snow. De acordo com ele, o estoque dos bancos de leite nos Estados Unidos é "extremamente limitado e caro", o que torna as opções muito limitadas. Apesar da aparente boa intenção, a prática não é recomendada pelos organismos de saúde locais.

Por aqui

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),  também condena a prática de venda de leite materno. Pela legislação brasileira, tecidos, órgãos e fluidos corporais – como leite, sangue e saliva – não podem ser comercializados.

O principal alerta está relacionado ao perigo de transmissão de doenças infecciosas, como HIV e hepatite C. Desde 1993, o Ministério da Saúde mantem  uma portaria que proíbe a chamada "amamentação cruzada", quando uma mãe dá de mamar para um recém-nascido que não seja seu.

Caso uma mulher tenha dificuldades para amamentar o filho, deve buscar orientação em um dos 212 bancos de leite e cem postos de coleta instalados no país, coordenados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Nesses locais, que integram a maior rede desse tipo do mundo, o material passa por um processo de seleção, classificação e pasteurização, para ser oferecido com segurança aos bebês.

Antes de fazer a doação a um banco de leite, porém, a mulher precisa preencher um cadastro com uma série de perguntas. Se for identificada alguma doença infectocontagiosa ou outra coisa fora do normal nesse histórico, o caso é analisado por uma equipe especializada.

Saiba mais sobre a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano

 

Da redação do Canal Saúde
com informações do Jornal da Saúde


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