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Aiea vai ajudar na detecção precoce do zika vírus [12/02/2016]



Aiea vai ajudar na detecção precoce do zika vírus
Agência Internacional de Energia Atômica vai disponibilizar equipamentos e apoio técnico para identificar rapidamente os casos da doença
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A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, anunciou que vai ajudar os países da América Latina e do Caribe na luta contra o zika vírus.
 
A agência da ONU vai disponibilizar equipamentos para detecção precoce da doença e apoio técnico aos países da região.
 
Objetivo
 
Segundo o diretor-geral da Aiea, Yukyia Amano, o custo total da iniciativa deve chegar a US$ 450 mil, o equivalente a R$ 1,7 bilhão. O objetivo é fortalecer a capacidade da região para agir contra o zika.
 
O surto já se espalhou por 26 países e territórios das Américas. Além disso, há indicações de uma conexão entre a infecção durante a gravidez e a microcefalia em recém-nascidos.
 
Amano afirmou que "a agência tenta responder rapidamente a crises dessa natureza". Ele explicou que "ajudar os países com tecnologia nuclear para fortalecer as capacidades de saúde é crucial no trabalho da organização no mundo".
 
Identificar
 
Parte do apoio da Aiea envolve o fornecimento de tecnologia para identificar e detectar o vírus, num processo parecido com o que foi feito durante o surto de ebola na África, em 2014.
 
A agência vai fornecer ainda treinamento para que os especialistas locais possam usar os equipamentos para não só identificar o zika vírus mas também para diferenciá-lo de outras doenças como a dengue e o chikungunya, transmitidos pelo mesmo mosquito, Aedes Aegypt.
 
Uma divisão conjunta entre a Aiea e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, lidera os esforços para detectar o zika vírus num prazo de três horas depois do exame ter sido feito.
 
Para completar, a agência da ONU vai realizar uma reunião com especialistas de saúde em Brasília, entre 22 e 23 de fevereiro para discutir a técnica para esterilizar insetos.
 
Os resultados desse encontro vão ser discutidos logo depois, entre 24 e 26 deste mês, também na capital brasileira, com representantes dos governos de toda a região. Eles vão definir os pontos básicos de coordenação para combater o surto.
 
Edgard Júnior