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Banco Mundial ajuda a reduzir desperdício de alimentos em Pernambuco [10/03/2016]



Banco Mundial ajuda a reduzir desperdício de alimentos em Pernambuco
Agricultores vão produzir até 12 toneladas de polpas de frutas por ano
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O Banco Mundial apoia uma iniciativa que vai ajudar a diminuir o desperdício de alimentos no interior de Pernambuco. O programa Prorural, uma parceria com o governo do estado, apoiou a construção de uma agroindústria de polpas de frutas.
 
A pequena indústria fica em Flores e tem capacidade de produzir até 12 toneladas de polpa por ano. Ela será operada por um grupo de 14 mulheres e dois homens, todos da Associação de Mulheres Agricultoras do Saco dos Henriques.
 
Frutas
 
O trabalho com as polpas começou em 2007 e hoje rende entre meio salário e um salário mínimo por mês. O valor do produto beneficiado chega a ser oito vezes maior que o da fruta in natura, segundo a presidente da associação, Ivanilda Barbosa. Ela conta que o grupo buscava diminuir o desperdício de frutas e agregar valor aos produtos para ter uma nova fonte de recursos.
 
"As frutas que tínhamos aqui eram desperdiçadas e ficavam no roçado sem benefício nenhum, só adubando a terra, mas pensávamos que poderíamos ganhar alguma renda com elas. Começamos a fabricar polpas de frutas artesanalmente."
 
Merenda Escolar
 
No começo, o grupo usava liquidificadores e freezers caseiros. Com os novos equipamentos, será possível aumentar a produção de polpa e guardar mais frutas, por mais tempo, após a safra. Foi uma solução simples e local para um problema global: um terço de toda a comida produzida no mundo é jogada fora a cada ano.
 
As frutas são cultivadas pelos próprios associados ou compradas de associações próximas. Cerca de 90% das polpas de goiaba, umbu, acerola, manga e caju são vendidas para o Programa Nacional de Merenda Escolar.
 
Com a ajuda do Banco Mundial, o grupo agora sonha conquistar cada vez mais compradores no setor privado.
 
Mariana Ceratti