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Brasil é um dos representantes da América Latina em reunião do Unaids [29/10/2015]



Brasil é um dos representantes da América Latina em reunião do Unaids
O Brasil, conjuntamente com El Salvador e Guiana, representou a América Latina e o Caribe na reunião do Conselho Coordenador do Unaids
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O Brasil, conjuntamente com El Salvador e Guiana, representou a América Latina e o Caribe na reunião do Conselho Coordenador do Unaids, realizada esta semana em Genebra, Suíça. Um dos resultados mais importantes até agora nesta reunião é a aprovação da Estratégia UNAIDS 2016-2021, o que inclui o reforçar a promoção e assessoria política, estratégia e liderança técnica e melhorar o apoio aos países, entre outras medidas.
 
A América Latina e o Caribe foram representados pelo Diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, por Ana Isabel Nieto, de El Salvador, Secretaria Técnica do Mecanismo de Coordenação Regional (MCR), assessoria técnica em HIV, Malária e Tuberculose do Conselho de Ministros de Saúde da América Central, George Norton, ministro da Saúde de Guiana.
 
Em seu discurso de abertura da reunião, o diretor executivo Michel Sidibé mencionou a aprovação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a oportunidade de associar os trabalhos realizados em HIV com cada uma dessas metas, destacou o processo desenvolvido na definição das estratégias estabelecidas pelo UNAIDS para 2016-2021 como um modelo centrado nas pessoas, na saúde e na promoção da participação social para alcançar a eliminação da AIDS como problema de saúde pública até 2030.
 
“Chegou a hora de nos concentrarmos em comunidades vulneráveis e não simplesmente em países vulneráveis. De fato, são nas em comunidades vulneráveis que estamos deixando as pessoas para trás em termos de saúde, desenvolvimento e dignidade. Este é o nosso novo desafio universal para os países ricos e pobres. Nossa estratégia deve contribuir para virarmos o jogo rumo a um mundo mais igual”, afirmou Sidibé.
 
No primeiro dia de trabalho foi amplamente discutida a estratégia global e houve um intenso debate para se chegar a um consenso sobre os objetivos e temas-chave dentro da estratégia, tais como: direitos humanos, estigma e discriminação, a educação sexual, saúde sexual e reprodutiva, A estratégia é ousada e é baseada em experiência e em evidências, o verdadeiro trabalho vai ser realizado nos países e adaptado aos seus contextos nacionais, o Unaids irá fornecer orientação e apoio para a implementação da estratégia.
 
Neste espaço, representantes de ONGs pediram respeito pela dignidade humana, incluindo gays, lésbicas, pessoas trans, garantia do respeito mútuo, assegurar as suas necessidades como as pessoas, repensar as respostas políticas que incluam a todos no mundo. Na implementação da resposta rápida solicitaram ser levados em conta e garantir os seus direitos, enfatizaram a responsabilidade dos países em cumprir essas solicitações. A representação de ONG da América Latina e Caribe foi exercida por Simón Cazal, diretor-executivo da ONG Somosgay, do Paraguai.
 
Outra questão discutida foi o HIV em pessoas privadas de liberdade e outras condições de confinamento, pedindo aos Estados-Membros e à sociedade civil para acelerar os esforços para aumentar o acesso aos serviços de prevenção, tratamento para o VIH nessas pessoas.
 
A estratégia do UNAIDS é mobilizar e alinhar parceiros, concentrar os recursos, inspirar a ação multissetorial, reforçar metas relacionadas ao desenvolvimento sustentável, promover e proteger os direitos humanos e a igualdade de gênero e acelerar o progresso geral. A implementação desta estratégia vai assegurar que ninguém seja deixado para trás e reafirmar a visão do UNAIDS relacionada aos chamados três zeros: zero nova infecção por HIV, zero morte relacionada à AIDS e zero discriminação, que continua a inspirar e catalisar ações.