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Campanha de Vacinação contra a Gripe não atinge meta [08/06/2015]



Campanha de Vacinação contra a Gripe não atinge meta

Objetivo era chegar a 80% do público prioritário, mas foram vacinados 73% do público-alvo

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Um balanço do Ministério da Saúde mostrou que a Campanha de Vacinação contra a Gripe não atingiu a meta até esta sexta-feira (5), quando terminou o prazo que não foi prorrogado. De acordo com os dados, 35,9 milhões de pessoas foram vacinadas, o que corresponde a 73% do público-alvo. A meta era vacinar, pelo menos, 80% do público prioritário, formado por 49,7 milhões de pessoas, consideradas com mais riscos de desenvolver complicações causadas pela doença.

O único grupo que atingiu a meta foi o das puérperas (45 dias após o parto), com 330 mil (92%) de mulheres vacinadas. O segundo grupo com maior cobertura é o dos idosos, com 15,9 milhões (76%) vacinados; seguido por trabalhadores da saúde, com 2,9 milhões (72%); crianças de seis meses a menores  de cinco, com 8,8 milhões (69,6%); gestantes, com 1,3 doses  (63,4%) vacinadas; e os indígenas, com 380 mil vacinados (62,9%). Além do grupo prioritário, também foram aplicadas 5,9 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidade, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional.

Apenas cinco estados atingiram a meta até sexta-feira: Amapá (89,4%), Paraná (83,5%), Santa Catarina (82,2%) Espírito Santo (81,8%) e Amazonas (81.4%). A campanha teve início em 4 de maio, com previsão de encerramento no dia 22 de maio. Para atingir a meta de imunizar 80% do público-alvo, o Ministério da Saúde prorrogou a campanha até 5 de junho.

A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde em 2015 protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). A vacina contra influenza é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.

O Ministério da Saúde solicitou aos municípios que continuem com esforços para alcançar a cobertura vacinal em todos os grupos, mesmo após o encerramento da campanha.  

Prevenção

A transmissão dos vírus influenza ocorre pelo contato com secreções das vias respiratórias que são eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção, tais como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.

Em caso de síndrome gripal, a recomendação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus. Por isso, as medidas de prevenção são tão importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto.

Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o serviço médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

Reações Adversas

Após a aplicação da vacina pode ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas comuns, cujos efeitos costumam passar em 48 horas.  A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.

Portal da Saúde

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