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Fiocruz firma parceria com Médicos Sem Fronteiras [24/09/2012]



Fiocruz firma parceria com Médicos Sem Fronteiras
O acordo de cooperação bilateral prevê ações nos campos de atenção à saúde e apoio técnico, qualificação e treinamento, pesquisa operacional e elaboração de materiais científicos. Com foco na qualidade e eficiência no atendimento do usuário, será realizado um curso para dengue e mal de Chagas no Rio e depois em outros países da América Latina.
A Fiocruz e a organização médico-humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF/Brasil) vão assinar, na próxima segunda-feira (24/9), um acordo de cooperação bilateral que prevê ações, durante os próximos cinco anos, nos campos de atenção à saúde e apoio técnico, qualificação e treinamento, pesquisa operacional e elaboração de materiais científicos. A parceria será firmada pelo presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e o dirigente da MSF/Brasil, José Mauro Gonçalves Nunes, durante o Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, às 10h, no Hotel Royal Tulip, em São Conrado, Rio de Janeiro.
Com a assinatura do termo de cooperação, firmado por meio da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz) com apoio da Unidade Médica Brasileira (Brazilian Medical Unit - Bramu), será dada continuidade aos cursos internacionais de dengue e Mal de Chagas, que ocorrem anualmente desde 2010 e são voltados a profissionais de diferentes perfis da Médicos Sem Fronteiras. “Ao firmar essa parceria, a Fiocruz ampliará mais uma vez um de seus principais compromissos, que é disseminar e compartilhar conhecimentos e tecnologias que contribuam para a promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas. Temos certeza de que, com a união da expertise das duas instituições, vamos contribuir para reduzir a mortalidade por doenças negligenciadas, como dengue e mal de Chagas, em diversos países”, declara Gadelha.
Com foco na qualidade e eficiência no atendimento do usuário, será realizado um curso específico para dengue e mal de Chagas com duração de uma semana, na Fiocruz, no Rio de Janeiro. Mais adiante, a iniciativa será levada aos profissionais da MSF em outros países da América Latina. A novidade é que, como parte da programação do curso internacional de dengue, os médicos e enfermeiros participantes serão capacitados in loco por profissionais da Fiocruz no reconhecimento precoce em 15 minutos dos sinais de alarme para dengue grave, por meio de metodologia elaborada pelo Ministério da Saúde e a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). A meta é tornar os participantes multiplicadores da técnica.
Segundo a coordenadora da Médicos Sem Fronteiras no Brasil, Maria Carolina Batista dos Santos, epidemias de dengue já surpreenderam a MSF na África e Ásia, e a capacitação in loco terá um impacto muito grande com a replicação dos conhecimentos. “A ideia é que, já no curso deste ano, a ser realizado em novembro ou dezembro, no Rio de Janeiro, os profissionais possam botar a mão na massa, aprendendo o passo-a-passo dos procedimentos para o reconhecimento precoce da dengue”, diz. Adequados à realidade assistencial das populações atendidas, os materiais didáticos para qualificação em dengue serão produzidos em três idiomas (inglês, português e espanhol) em versões digital e impressa.
Em contrapartida, a Médicos Sem Fronteiras vai partilhar com a Fiocruz sua expertise em situações de desastres naturais e na vigilância epidemiológica de pandemias e epidemias.  “A parceria pode ser de mão-dupla. Ao longo dos 40 anos de existência o MSF acumulou muita experiência em logística e resposta rápida em saúde. Podemos fazer esse intercâmbio passando nossa experiência e fazendo um modelo de formação específico”, afirma a coordenadora da MSF.
Além da cooperação nas áreas de pesquisa e ensino, a parceria ainda prevê a produção de publicações científicas sobre a experiência da Médicos Sem Fronteiras em epidemias de dengue e de artigo sobre o impacto do fluxo imigratório de haitianos nas políticas públicas de saúde do Brasil e no Sistema Único de Saúde (SUS). Para Maria Carolina, a formalização da cooperação cria objetivos claros, colocando no papel o que um espera do outro e dando continuidade à relação de respeito e admiração mútua que já existe entre as partes. “As duas organizações só têm a ganhar, ao somar forças e casar metas”, resume.
Parcerias Fiocruz – MSF
A cooperação entre a Fiocruz e a Médicos Sem Fronteiras é de longa data. Em 2005, as duas instituições, que iniciaram relações por intermédio do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), firmaram parceria para apoio dos projetos da MSF-Espanha na América Latina. Em 2007, a Fiocruz capacitou microscopistas da MSF na Amazônia; e em 2010 e 2011, promoveu, por meio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e o Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz), um curso sobre dengue e mal de Chagas voltada a médicos, enfermeiros, técnicos de laboratório e profissionais da área de controle vetorial da organização médico-humanitária no Ipec, no Rio de Janeiro.
Médicos Sem Fronteiras
Criada na França, em 1971, por jovens e jornalistas que foram voluntários no final dos anos 60 na guerra de Biafra, Nigéria, a Médicos Sem Fronteiras tem como meta levar ajuda às pessoas que mais precisam, além de tornar públicas as situações enfrentadas pelas populações atendidas. Conta com 28 mil profissionais de diferentes áreas em mais de 60 países que atuam em situações de desastres naturais, fome, conflitos, epidemias e combate a doenças negligenciadas. Em 1999, foi premiada com o prêmio Nobel da Paz e estendeu suas atividades no Brasil ao longo dos anos, inaugurando um escritório no país, em 2006, com o objetivo de recrutar profissionais, captar recursos financeiros e promover ações de comunicação.
Agência Fiocruz de Notícias

Fiocruz firma parceria com Médicos Sem Fronteiras

O acordo de cooperação bilateral prevê ações nos campos de atenção à saúde e apoio técnico, qualificação e treinamento, pesquisa operacional e elaboração de materiais científicos. Com foco na qualidade e eficiência no atendimento do usuário, será realizado um curso para dengue e mal de Chagas no Rio e depois em outros países da América Latina.

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A Fiocruz e a organização médico-humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF/Brasil) vão assinar, na próxima segunda-feira (24/9), um acordo de cooperação bilateral que prevê ações, durante os próximos cinco anos, nos campos de atenção à saúde e apoio técnico, qualificação e treinamento, pesquisa operacional e elaboração de materiais científicos. A parceria será firmada pelo presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e o dirigente da MSF/Brasil, José Mauro Gonçalves Nunes, durante o Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, às 10h, no Hotel Royal Tulip, em São Conrado, Rio de Janeiro.

Com a assinatura do termo de cooperação, firmado por meio da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz) com apoio da Unidade Médica Brasileira (Brazilian Medical Unit - Bramu), será dada continuidade aos cursos internacionais de dengue e Mal de Chagas, que ocorrem anualmente desde 2010 e são voltados a profissionais de diferentes perfis da Médicos Sem Fronteiras. “Ao firmar essa parceria, a Fiocruz ampliará mais uma vez um de seus principais compromissos, que é disseminar e compartilhar conhecimentos e tecnologias que contribuam para a promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas. Temos certeza de que, com a união da expertise das duas instituições, vamos contribuir para reduzir a mortalidade por doenças negligenciadas, como dengue e mal de Chagas, em diversos países”, declara Gadelha.

Com foco na qualidade e eficiência no atendimento do usuário, será realizado um curso específico para dengue e mal de Chagas com duração de uma semana, na Fiocruz, no Rio de Janeiro. Mais adiante, a iniciativa será levada aos profissionais da MSF em outros países da América Latina. A novidade é que, como parte da programação do curso internacional de dengue, os médicos e enfermeiros participantes serão capacitados in loco por profissionais da Fiocruz no reconhecimento precoce em 15 minutos dos sinais de alarme para dengue grave, por meio de metodologia elaborada pelo Ministério da Saúde e a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). A meta é tornar os participantes multiplicadores da técnica.

Segundo a coordenadora da Médicos Sem Fronteiras no Brasil, Maria Carolina Batista dos Santos, epidemias de dengue já surpreenderam a MSF na África e Ásia, e a capacitação in loco terá um impacto muito grande com a replicação dos conhecimentos. “A ideia é que, já no curso deste ano, a ser realizado em novembro ou dezembro, no Rio de Janeiro, os profissionais possam botar a mão na massa, aprendendo o passo-a-passo dos procedimentos para o reconhecimento precoce da dengue”, diz. Adequados à realidade assistencial das populações atendidas, os materiais didáticos para qualificação em dengue serão produzidos em três idiomas (inglês, português e espanhol) em versões digital e impressa.

Em contrapartida, a Médicos Sem Fronteiras vai partilhar com a Fiocruz sua expertise em situações de desastres naturais e na vigilância epidemiológica de pandemias e epidemias.  “A parceria pode ser de mão-dupla. Ao longo dos 40 anos de existência o MSF acumulou muita experiência em logística e resposta rápida em saúde. Podemos fazer esse intercâmbio passando nossa experiência e fazendo um modelo de formação específico”, afirma a coordenadora da MSF.

Além da cooperação nas áreas de pesquisa e ensino, a parceria ainda prevê a produção de publicações científicas sobre a experiência da Médicos Sem Fronteiras em epidemias de dengue e de artigo sobre o impacto do fluxo imigratório de haitianos nas políticas públicas de saúde do Brasil e no Sistema Único de Saúde (SUS). Para Maria Carolina, a formalização da cooperação cria objetivos claros, colocando no papel o que um espera do outro e dando continuidade à relação de respeito e admiração mútua que já existe entre as partes. “As duas organizações só têm a ganhar, ao somar forças e casar metas”, resume.

 

Parcerias Fiocruz – MSF

A cooperação entre a Fiocruz e a Médicos Sem Fronteiras é de longa data. Em 2005, as duas instituições, que iniciaram relações por intermédio do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), firmaram parceria para apoio dos projetos da MSF-Espanha na América Latina. Em 2007, a Fiocruz capacitou microscopistas da MSF na Amazônia; e em 2010 e 2011, promoveu, por meio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e o Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz), um curso sobre dengue e mal de Chagas voltada a médicos, enfermeiros, técnicos de laboratório e profissionais da área de controle vetorial da organização médico-humanitária no Ipec, no Rio de Janeiro.

 

Médicos Sem Fronteiras

Criada na França, em 1971, por jovens e jornalistas que foram voluntários no final dos anos 60 na guerra de Biafra, Nigéria, a Médicos Sem Fronteiras tem como meta levar ajuda às pessoas que mais precisam, além de tornar públicas as situações enfrentadas pelas populações atendidas. Conta com 28 mil profissionais de diferentes áreas em mais de 60 países que atuam em situações de desastres naturais, fome, conflitos, epidemias e combate a doenças negligenciadas. Em 1999, foi premiada com o prêmio Nobel da Paz e estendeu suas atividades no Brasil ao longo dos anos, inaugurando um escritório no país, em 2006, com o objetivo de recrutar profissionais, captar recursos financeiros e promover ações de comunicação.

 

 

Agência Fiocruz de Notícias