Notícias

Governos federal, de MG e ES financiarão pesquisa sobre desastre de Mariana [28/01/2016]



Governos federal, de MG e ES financiarão pesquisa sobre desastre de Mariana
Edital de contratação de cientistas será publicado em fevereiro
_______________________________
 
O governo federal e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo decidiram contratar cientistas para pesquisar as consequências do desastre ambiental de Mariana. A medida, anunciada nesta quarta-feira (27) em Brasília, movimentará cerca de R$ 12 milhões a fim de auxiliar na elaboração de medidas para recuperação do Rio Doce.
 
A primeira providência será a publicação até o fim de fevereiro de um edital para contratação de propostas de estudo de pesquisadores abrangendo as áreas de solo, água, vegetação e fauna.
 
As propostas terão que abranger ainda a área social, com estudos sobre as consequências do desastre para agricultura, abastecimento, economia regional da bacia do rio e a população afetada.
 
O desastre ambiental, o maior já registrado no País, ocorreu no início de novembro e foi provocado pelo rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, pertencente à Vale e à companhia anglo-australiana BHP Billiton.
 
O rompimento da barragem deixou mortos, feridos e derramou toneladas de lama misturada a rejeitos de minério de ferro que destruíram distritos inteiros, poluindo a bacia do Rio Doce e as águas do Oceano Atlântico que banham parte do Espírito Santo e da Bahia.
 
“Estamos convidando pesquisadores para estudar o que ocorreu, para prevenir, ver qual o impacto e como recuperar plenamente a funcionalidade da bacia do Rio Doce”, disse o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Carlos Nobre. A Capes é ligada ao Ministério da Educação.
 
Além da Capes, a destinação de cerca de R$ 12 milhões na contratação dos cientistas e pesquisadores envolve também a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Espírito Santo (Fapes), a Agência Nacional de Águas (Ana) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).