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Não faltarão recursos para combater Aedes e zika vírus, garante ministro [03/02/2016]



Não faltarão recursos para combater Aedes e zika vírus, garante ministro
Em conversa com secretária de Saúde dos Estados Unidos, Marcelo Castro também firmou nesta terça-feira agenda estratégica contra o vírus zika
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O governo federal providenciará os recursos que forem necessários para tornar o País livre do Aedes aegypti, disse nesta terça-feira (2) o ministro da Saúde, Marcelo Castro. O mosquito é transmissor do zika vírus, causador da malformação do cérebro em fetos. “Não faltarão recursos para o combate ao Aedes aegypti e ao zika vírus”, disse.
 
“A epidemia de microcefalia é o problema número um  do País. Não tem problema maior que esse e para o problema maior do País não pode faltar recursos. Tiraríamos recursos de qualquer outra área”, reforçou o ministro, ao participar da reunião do Conselho Nacional da Saúde, em Brasília.
 
O Brasil enfrenta uma grave epidemia de microcefalia. Nos dados mais recentes, entre outubro e janeiro foram registrados 4.180 mil casos suspeitos de malformação do cérebro de bebês, com 68 mortes.
 
A microcefalia é uma malformação congênita em fetos na qual o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. É caracterizado com microcefalia o recém-nascido com perímetro cefálico igual ou inferior a 32 centímetros.
 
Eliminação dos criadouros
 
O ministro voltou a falar que a ação mais importante para conter o avanço das microcefalia pelo território brasileiro é o combate ao Aedes aegypti, por meio da eliminação dos criadouros.
 
Ele lembrou que a fêmea do mosquito é capaz de colocar mais de 400 ovos e que esses ovos podem ficar mais de um ano aguardando água para eclodirem, virarem larvas e mais mosquitos.
 
Vacina, soro e medicamentos
 
O ministro da Saúde reforçou que o Brasil está mobilizando o Instituto Evandro Chagas (PA), o Instituto Butantã (SP) e também a produtora de vacinas Bio-Manguinhos Fiocruz para desenvolver o mais rapidamente possível uma vacina, soro e medicamentos eficazes contra o zika vírus.
 
Esses institutos estão, segundo o ministro, em conversas com institutos estrangeiros, principalmente dos Estados Unidos, para desenvolver medicamentos no combate à microcefalia.
 
Marcelo Castro avaliou como acertada a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicada na segunda-feira (1º) de declarar emergência internacional em zika vírus e microcefalia.
 
“Foi correta a decisão da OMS e na mesma linha do que vínhamos feito aqui no Brasil”, comentou. “(a OMS) alertou que poderemos ter uma pandemia de zika no continente americano. E tudo isso está sendo feito para que providências sejam tomadas no sentido de amenizar os problemas que temos hoje.”
 
EUA
 
Marcelo Castro e a secretária de Saúde dos Estados Unidos, Sylvia Burbell, conversaram por teleconferência na tarde desta terça-feira (2). A reunião foi um desdobramento da interlocução na semana passada entre a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, e o presidente dos EUA, Barack Obama, para o enfrentamento contra a doença. 
 
Na conversa, os dois reafirmaram o compromisso dos países no combate ao mosquito Aedes aegypti. Castro e Burbell acertaram que vão buscar cooperação para o desenvolvimento de pesquisas para diagnósticos, vacina e tratamento contra o vírus zika. Além disso, se comprometeram em acelerar as investigações em curso sobre as infecções causadas por arbovírus, relacionados aos casos de microcefalia e de guillain-barré.
 
Durante o contato, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) também se colocou à disposição para trabalhar nos aspectos do combate ao mosquito. O órgão norte-americano, desde quando o Brasil decretou emergência de saúde pública de importância nacional no dia 11 de novembro, tem atuado em parceria com o Ministério da Saúde do Brasil.
 
Por fim, ficou acertada uma reunião, prevista para o dia 20 de fevereiro, no Brasil, envolvendo técnicos do National Institutes of Health (NIH) e CDC, dos EUA, e técnicos do Ministério da Saúde, do Instituto Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan, entre outros especialistas convidados.