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OMS: não há nenhuma recomendação contra viagens por causa do zika [04/02/2016]



OMS: não há nenhuma recomendação contra viagens por causa do zika
Anthony Costello fez referência a preocupações com a doença e a realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro, em agosto
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O diretor do Departamento de Saúde Materna da Organização Mundial da Saúde, Anthony Costello, afirmou que não há nenhuma recomendação contra viagens ou comércio aos países atingidos pelo vírus zika.
 
Em entrevista à Rádio ONU, Costello fez referência às Olimpíadas no Rio de Janeiro, em agosto.
 
Segundo ele, "neste momento não existe qualquer proibição do comitê de emergência a viagens ou comércio".
Costello afirmou que "as pessoas que queiram viajar para a região e que possam estar grávidas ou pensando em engravidar, devem considerar o que vão fazer, mas também não há nenhuma recomendação sobre isso ainda".
 
O diretor da OMS explicou que o"zika não é uma infecção que ameaça a vida das pessoas como o HIV ou o ebola". O problema, segundo ele, são as complicações da doença com a microcefalia.
 
O médico disse que "em 80% das infecções o vírus não produz qualquer sintoma". Ele citou a possível associação com os registros de microcefalia, que é uma condição relativamente rara, com um caso para cada 5 mil nascimentos ou mais.
 
Costello afirmou que há uma preocupação de o vírus se espalhar para a África e a Ásia, continentes que têm o maior índice de nascimentos no mundo.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, disse que o zika já está afetando mais de 20 países nas Américas. A agência da ONU informou que está trabalhando com os governos da região para mobilizar as comunidades, com o objetivo de protegê-las da infecção.
 
A conselheira para emergências de saúde do Unicef, Heather Papowitz, afirmou que "apesar de não haver uma prova concreta sobre uma ligação entre o zika e a microcefalia, há preocupação suficiente para uma ação imediata".
 
Segundo ela, as autoridades precisam agir rapidamente para fornecer as informações que mulheres, grávidas ou não, necessitam para se proteger e também os bebês".
O Unicef fez um apelo de US$ 9 milhões, o equivalente a R$ 36 milhões. O dinheiro vai ser usado em programas para combater a propagação do vírus e mitigar o impacto sobre os recém-nascidos e suas famílias por toda a região.
 
Edgard Júnior