Notícias

Países chegam a acordo para combater malária [22/05/2015]



Países chegam a acordo para combater malária
Decisão foi tomada durante Assembleia Mundial da Saúde, que está sendo realizada em Genebra
_____________________________________
 
A Assembleia Mundial da Saúde anunciou esta quarta-feira que os Estados-membros chegaram a um acordo sobre a estratégia global de combate à malária entre 2016-2030.
 
O objetivo é reduzir a incidência mundial da doença em 40% até 2020 e em 90% até 2030. A ideia é eliminar a malária completamente de, pelo menos, 35 novos países nos próximos 15 anos.
 
O ministro da Saúde de Portugal, Paulo Macedo, está participando da 68ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra.
 
Em entrevista à Rádio ONU, já de volta a Lisboa, o ministro português falou que além da malária, um dos pontos principais das discussões foi o combate ao ebola.
 
"Há um aspeto essencial que foi relativo às ilações e consequências a retirar da crise do ebola e da forma como as entidades e os responsáveis mundiais responderam a esta crise. Foram também abordados pelos diferentes países a forma como os diferentes sistemas de saúde têm feito face aos tempos de crise e a necessária resiliência que os sistemas de saúde, designadamente os públicos, foram chamados a adotar nesses tempos difíceis de crise."
 
Segundo a OMS, entre 2000 e 2013 o índice de mortalidade de malária caiu 47%. Apesar disso, a doença ainda mata 584 mil pessoas por ano.
 
A agência da ONU recomenda um pacote de medidas básicas para combater o problema, entre elas estão o controle do mosquito transmissor e a quimioprevenção, que é a combinação de vários remédios dados às crianças em três doses mensais.
 
Além disso, a organização recomenda também o tratamento e o diagnóstico precoce. Todos esses processos implementados conjuntamente já provaram ser eficazes na luta contra a malária.
 
A OMS alerta que milhões de pessoas em todo o mundo, mas principalmente na África, não recebem qualquer tipo de tratamento ou têm acesso a remédios para combater a doença.
 
A meta é trabalhar em conjunto com os países endêmicos e desenvolver programas específicos para atender as necessidades dessas regiões.
 
A iniciativa tem três pontos importantes. O primeiro, é garantir o acesso universal aos serviços de tratamento, diagnóstico e prevenção. Depois, é preciso acelerar os esforços para a eliminação da doença e por último, é preciso fortalecer as operações de vigilância.
 
Os Estados-membros da OMS concordaram também com o plano de orçamento para o período 2016-2017, que será de US$ 4,3 bilhões, o equivalente a mais de R$ 12 bilhões.
 
O dinheiro será usado para atender as necessidades dos países, aprimorar as experiências com a epidemia de ebola e lidar com as prioridades de emergência, como por exemplo, a resistência de alguns vírus a antibióticos.
 
Na agenda estão ainda projetos nas áreas de saúde e meio ambiente e a contínua luta não somente contra malária, mas  também contra a hepatite.
 
Edgard Júnior
 
* O Jornal da Saúde é um telejornal ao vivo. Exibido todo dia, às 13h. Reprise às 16h30 e às 18h30. Veja vídeos de nossas edições anteriores.
Siga o Canal Saúde no Twitter e curta a nossa página no Facebook.