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Profissionais transformam experiência do pré-parto em hospital universitário de Dourados [08/10/2015]



Profissionais transformam experiência do pré-parto em hospital universitário de Dourados
O grupo, composto por enfermeiras obstetras e fisioterapeutas faz a recepção e o preparo de mulheres para o parto
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No Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), um pequeno grupo multiprofissional tem feito a diferença no atendimento às gestantes durante o pré-parto. Porta aberta na área de Ginecologia e Obstetrícia, a unidade realiza cerca de 300 procedimentos por mês e conta com a atuação protagonista dessas profissionais, especializadas na atenção à saúde da mulher.
O grupo, composto por enfermeiras obstetras e fisioterapeutas, se mobilizou no Centro Obstétrico, onde todos os dias faz a recepção e o preparo de mulheres para o parto. A ideia, de acordo com a fisioterapeuta Renata Vidigal Guimarães, é empregar ações não farmacológicas para o alívio da dor e para a evolução do trabalho de parto.
 
Massagens com o uso de óleos nas costas, nas pernas e nos pés, por exemplo, têm ajudado as gestantes a relaxar e a reduzir inchaços, trabalhando os pontos de “do-in”, modalidade oriental milenar, sem contraindicações, que auxilia na circulação da energia corporal.
 
Outra prática iniciada há pouco tempo é o “ultrassom natural”, que apesar do nome, não envolve equipamentos, apenas imaginação e arte na confecção de desenhos feitos nas barrigas das gestantes, simulando, com muita delicadeza, o bebê que em breve estará no colo da mãe.
 
Também com o objetivo de relaxar a gestante, a musicoterapia foi adotada. Prática muito simples, que demanda apenas um dispositivo de som, no qual, se for do gosto da paciente, músicas tranquilas e temas relacionados ao parto, ao nascimento e à mulher, tornam o trabalho de parto menos tenso.
 
As mamães ainda recebem escalda-pés com água morna, ervas e essências, aliviando um pouco do inchaço, intenso nesse estágio da gestação. E, integrando paciente e acompanhante, as profissionais criaram uma atividade em que os dois podem decorar uma touquinha dada pelo hospital, personalizando a peça com o nome do bebê, ocupando parte do tempo do pré-parto, que, muitas vezes, se estende por horas.
 
“As mulheres que estão em indução ao parto normal geralmente levam horas para efetivamente iniciar o trabalho e nós encontramos formas de ocupá-las com atividades que se integram ao período gestacional, das quais também podem participar os acompanhantes”, explica a fisioterapeuta Renata, que trabalha com saúde da mulher há dez anos e está em Dourados desde junho, vinda de Minas Gerais para juntar-se ao quadro da Ebserh.
 
A ocorrência das atividades depende do fluxo de trabalho nos plantões e da quantidade de gestantes presentes no Centro Obstétrico. Participam das ações, por iniciativa própria, além de Renata e Jaqueline, a enfermeira Aline Decari e a fisioterapeuta Sandra Soares dos Santos.