Protocolo de Kyoto é prorrogado até 2020
Apesar de ter seu período de validade prorrogado para até 2020, o Protocolo de Kyoto não contará com a ajuda do Japão, Rússia, Canadá e Nova Zelândia.
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Da redação do Jornal da Saúde
com informações da AFP
Depois de dias de negociação em Doha, onde acontece a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, cerca de 200 países concordaram em prorrogar o protocolo de Kyoto até 2020. A decisão evita um novo entrave após duas décadas de esforços diplomáticos da ONU que, no entanto, não foram capazes de impedir o aumento das emissões de gases do efeito estufa.
A conferência de Doha, a COP 18, tinha como por objetivo proporcionar o nascimento a partir de 1º de janeiro de 2013 do segundo período do protocolo de Kyoto, única ferramenta que compromete os países industrializados a reduzir os gases de efeito estufa.
O Protocolo de Kyoto, de 1997, expiraria em 2012.A prorrogação foi decidida com um dia de atraso, após um longo debate.Seu alcance é simbólico, já que os compromissos, após a retirada de Japão, Rússia, Canadá e Nova Zelândia, representam apenas 15% das emissões globais de gases de efeito estufa.
No entanto, os países em desenvolvimento insistiram em manter vivo este instrumento legal, que obriga os países do Hemisfério Norte a agir, em nome de sua "responsabilidade histórica" nas mudanças climáticas.
Em 2015, uma reunião em Paris vai definir um novo acordo que, se espera, ser colocado em prática em 2020, quando o protocolo de Kyoto perder sua validade. Algumas reuniões preliminares já estão previstas para 2013 e 2014. A primeira vai acontecer no ano que vem, na Alemanha.
Ministra do Meio Ambiente esperava mais das negociações em Doha
Durante seu discurso de encerramento na conferência, a ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, afirmou o Brasil não está totalmente satisfeito com os resultados alcançados. Ela ressaltou que o protocolo é mais do que um documento e que ele expressa a convicção de que a mudança do clima demanda uma abordagem multilateral baseada em regras. A ministra lamentou a retirada países como Canadá, Japão, Nova Zelândia e Rússia do acordo.
Edição online: Tina Szabados
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