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Uma em cada cinco cidades já tem Salas de Controle [18/04/2016]



Uma em cada cinco cidades já tem Salas de Controle
No total, 1094 cidades instalaram suas unidades
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Uma em cada cinco cidades brasileiras já conta com salas ou comitês municipais de coordenação e controle para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. Em todo país, 1094 municípios implantaram seus centros, sendo que 143 (64%) estão dentro dos 223 locais com incidência de dengue igual ou maior de 100 casos por 100 mil habitantes, e com população igual ou superior a 50 mil, e também nas capitais. O espaço local possibilita a ampliação de estratégias de enfrentamento ao mosquito e qualifica as informações sobre as visitas aos imóveis para identificação, orientação e eliminação de focos. 
 
A criação das Salas ou Comitês Municipais é uma das diretrizes da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC), instituída em dezembro do ano passado, pelo Governo Federal, para organizar e coordenar as estratégias de combate ao Aedes. A expectativa é que as versões municipais intensifiquem a articulação intersetorial e a organização das ações de combate ao vetor, realizando o planejamento e a coordenação das equipes, além da distribuição e a aplicação de insumos nas visitas realizadas, como larvicidas.
 
Esses centros também atualizam as informações sobre a mobilização; remetem os dados das visitas às salas estaduais, além de envolverem diversos setores da sociedade no enfrentamento ao mosquito. Para a coordenadora da Sala Nacional, Marta Damasco, a composição dos espaços municipais deve ser abrangente, estimulando maior intersetorialidade e integração com representações da comunidade. “Quanto mais entidades se unirem às salas, mais enriquecedor será o trabalho. Queremos envolver os serviços de limpeza urbana, as companhias de água e tratamento de esgoto, o setor de transportes, todos devem se mobilizar.”, conclui. 
 
Assim como as Salas Nacional e Estaduais, as unidades municipais têm a participação de representantes do Poder Executivo, das Secretarias de Saúde, de Educação e de Assistência Social, da Defesa Civil, da companhia de limpeza pública, dentre outros. A coordenação da Sala Nacional orienta, também, que sejam ainda incorporados membros da sociedade organizada. Estatais como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, por exemplo, apoiam fortemente as atividades, cedendo espaços físicos nos municípios pequenos onde não há local para as reuniões. 
 
MOBILIZAÇÃO
 
A melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer. Por isso, o governo federal convocou um esforço nacional para que todas as casas do país sejam visitadas para eliminação dos criadouros. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores e intensificam cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências. “Esse é um trabalho que precisa ser regular, ter continuidade o ano todo e envolver toda a comunidade, especialmente cada família deve vistoriar seu domicílio e quintal semanalmente”, destaca Neilton Oliveira, Secretário Executivo Adjunto do MS.
 
VISITAS
 
Nas duas primeiras semanas de abril, terceiro ciclo da campanha contra o vetor, as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti já alcançaram 8,49 milhões de imóveis brasileiros, conforme o novo balanço da Sala Nacional, concluído às 17h25 da última quinta-feira (14/4). 
 
Foram 6,9 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais efetivamente vistoriados, além de 1,5 milhões de estabelecimentos que estavam fechados ou houve a recusa para acesso. Do total de municípios brasileiros, 3.025 registraram as visitas ao Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR). Cinco estados ainda não inseriram os dados: Amazonas, Amapá, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
 
Em todo o país, as visitas aos imóveis contam com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 49,2 mil agentes de controle de endemias, com apoio de aproximadamente 5 mil militares das Forças Armadas. Juntam-se, ainda, profissionais de equipes destacados pelos estados e municípios, como membros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
 
Juliana Hack e Diogo Caixote